Lusotopia
Memórias da cidade: Varinas de Lisboa
Com o titulo Varinas de Lisboa: memória da cidade, o Museu da Cidade, agora rebatizado como Espaço Galveias, no Palácio homónimo ao Campo Grande apresenta, em exposição temporária, entre janeiro e maio deste ano uma das figuras tipo da cidade portuária e do bairro da Madragoa.
Justifica a exposição com a procura de relevar a presença na cidade. Diz “Das comunidades regionais que na capital assentaram nenhuma foi tão marcante como a varina. Proveniente do litoral do distrito de Aveiro, de Ovar lhe advém o nome. Em Lisboa, ao longo do século XIX, a comunidade instala-se sobretudo na Madragoa, marcando indelevelmente a memória coletiva, vindo a confundir-se rapidamente, graças sobretudo às mulheres, com a própria urbe.
Na exposição procura-se, sobretudo, entender a evolução de uma figura popular que, de mulher trabalhadora, mãe de família e de parcos recursos económicos, cuja liberdade na linguagem, costumes e atitudes na rua cedo captaram as atenções de nacionais e estrangeiros, se converte, por mérito próprio, em símbolo da cidade de Lisboa, e, como depois o Estado Novo se apropria da sua presença por força da propaganda oficial assumindo, assim, um papel icónico no imaginário local e internacional.
Ao cruzar as várias referências e interpretações do tema, dá-se a conhecer o lado vivencial, quase indomável e de resistência, desta comunidade dominada pelo elemento feminino, a quem a presente exposição presta a homenagem.”
É curiosa a questão da procura do fenotipo que acentua a imagem da “mulher /mãe/ pobre” notando os costumes brejeiros (na liberdade da linguagem) e do olhar do outro. É certo que procuraram algumas das memórias vivas através das mulheres do bairro, sobretudo procurando recolher entrevistas e fazer-lhes uma “homenagem“
Há nesta abordagem um certo paternalismo. No folheto de apresentação, por exemplo, diz-se “Em Lisboa ao longo dos séculos sempre se cruzaram a fixaram as mais desvairadas gentes. Vinham de outras partes da Europa, de outros continentes e outras regiões de Portugal. Um fluir de raças, credos, condições, profissões, modos de estar e de trajar”. Sublinhado nosso que mostra a confusão que estas questões mostram.
Que nova narrativa para a Europa ? XIII
O futuro da Europa ?
- Quais os seus valores ?
- Quais as suas Instituições?
- Qual o lugar da cultura cosmopolitas no seio das nações?
Reeinventar a europa: Uma nova narrativa para a Europa XII
No presente urge reinventar a Europa
- Uma Europa do atlântico aos Urais, ou uma Europa em oposição à Rússia ?
Jean Monet (1888-1976) um dos inspiradores da Integração Europeia, onde inspira o Plano Schuman (Robert Schuman – 1863- 1963), nome do ministro Francês que em 1950 inspira a Declalração da constituição da Comunidade do Carvão e do Aço.
General De Gaulle (1890-1970). Presidente Francês pretendia uma Europa do atlântico aos Urais, incluindo a parte europeia da Russia.
A Guerra Fria- (1945-1989) é o período da História Europeia entre o final a segunda guerra mundial e o colapso do Império soviético, que dividiu a europa em dois Blocos politica e economicamente antagónicos. A Europa Ocidental, democrática, com uma economia de mercado, que desenvolve uma progressiva integração no âmbito da Comunidade Económica Europeia, primeiro, União Europeia depois. A Europa de leste, de economia centralizada e planificada, sobre o predomínio do partido único.
Em 1989 da-se a reunificação da Alemanha, e o fim da cortina de ferro que dividia a Europa. Progressivamente, aproveitando o colapso do Império Soviético, a Europa foi progressivamente integrando os países do leste europeu.
A Europa na globalização integra hoje um mundo multipolar e tem vários desafios como por exemplo a emergência do Pacífico como centralidade, a fronteira a Sul e a desafio a Leste.
As Invenções da Europa : Uma nova Narrativa para a Europa XI
Foi na Europa que se registaram as moderna invenções que marcam a vida moderna:
o mercado
a máquina,
o amor,
a democracia
a cultura
literatura, musica, dança, teatro, pintura, escultura, fotografia, cinema
A Europa das Nações e a Invenção da Democracia: Uma nova narrativa X
A europa inventa também a moderna democracia. Um sistema de regulação do poder político na sociedades, periodicamente renovado, através de representantes. Um poder que se auto limita funcionalmente entre a elaboração das leis, a administração da sua aplicação e o juízo sobre a forma da sua aplicação.
Um processo que parte da naturalização do ser humano, na ruptura com a cosmovisão da organização do mundo e alicerçado nos princípios da igualdade da liberdade e da fraternidade.
A visão democrática da europa, não foi todavia fácil. Muitas foram as batalhas e conflitos que entre os seus povos e dirigentes se deram. Visões imperiais e autoritárias que aqui e ali foram surgindo, muitas vezes contidas
O apolíneo dionisíaco de Frederic Nitzsche caracteriza a Europa como uma oposição entre razão (a europa do norte) e a emoção (a europa do sul)
O Renascimento e a Ciência na Europa: Uma nova narrativa IX
O Renascimento marca o período de redescobrimento da antiguidade clássica, dos livros da filosofia, da ciência e da história da herança clássica europeia. Ela baliza o surgimento da moderna ciência europeia, um dos seus instrumentos de domínio do mundo.
Iniciando-se na Cartografia e na ciência náutica, no desenvolvimento da construção naval, das armas de pólvora seca, a par com o domínio da botânica e da física, os europeus constroem um mundo novo. O ocidente torna-se numa alternativa do oriente.
Como corolário dos seus avanços científicos, as aplicações da ciência são aplicadas com enorme sucesso nos processos de transformação da natureza, primeiro, criando uma revolução agrícola, à qual se sucede o desenvolvimento da mecanização e a industrialização.
As divisões da Europa: uma nova narrativa para a Europa VIII
Para além da procura da unidade, a Europa conheceu profundas divisões no seu seio. Guerras tremendas assolaram-na no passado, deixado atrás de si um rasto de carnificinas, destruições e horrores. A partir de cado um desse momentos a europa renasce transfigurando-se .
As diversas guerras forma tema de inspiração para muitos autores. Entre os episódios sobre os horrores narrados relatam-se personagens e conflitos universais.A guerra dos 100 anos legou-se Joana d’ Arc, a guerra das Rosas, foi tema do Romeu e Julieta de Wiliam Shakespeare, A Guerra e Paz de Leon Tolstoi, relata a história de 100 anos numa família na Rússia.
Unidade e Diversidade III: Uma nova narrativa para a europa VII
A Europa da Revoluções
Se a Revolução Inglesa de Oliver Cromwell em 1642 acabou com o poder absoluto em Inglaterra, dando origem a um guerra civil interna, e e a Revolução Francesa , (1789-1893) que marcou o fim do absolutismo em França, e que deu origem ao expansionismo napoleónico, que vimos no postal anterior, o século XIX será marcado pelas revoluções e nacionalismos na Europa.
O ano de 1849 será marcado por diversas revoluções operárias no centro de Europa, que darão origem a uma vasta reflexão no campo político.
Unidades e Divisões: Uma nova narativa para a Europa VI
Não faltaram visões imperiais na Europa. Trágicas aventuras de homens armados com princípios e ideias que reportavam de universais e que mais não era do que vontades de uns povos de subordinar outros.
Napoleão Bonaparte (1769-1821) Imperador dos Franceses, foi uma das personalidades que praticamente consegui colocar a Europa sob o seu domínio, através dum conjunto de campanhas que colocou a Europa a ferro e fogo .
Unidade e Divisões: Uma nova narrativa para a Europa V
A herança carolíngia.
Carlos Magno (742-814) O Rei dos Francos inaugura um movimento de integração do espaço europeu numa unidade política e religiosa. A fundação do Sacro-império Romano Germânico, corolário duma série de conquistas territoriais, corporiza a primeira integração político-militar no ocidente europeu, tendo o imperador sido coroado em Roma pelo Papa Leão III.
O Sacro Império Romano-Germânico manter-se à ao longo da História Europeia como uma configuração híbrida no centro da europa.
Atinge o seu auge com Carlos V (1500-1558), da casa de Áustria, onde através de sucessões dinásticas agrega vários territórios europeus, incluindo a Espanha e suas possessões coloniais.
O Sacro-Imperio Romano germânico extingue-se com as campanhas Napoleónicas no século XIX. Napoleão Bonaparte (1769-1821) imperador dos franceses levará o exército revolucionário até à Rússia.